O professor de Língua Portuguesa Wilton Soares Pereira, responsável
pelas turmas do 1º ano: A,B,C,D,G,H,I – diurno – do Ensino Médio Integrado desta
escola, em comum acordo com os seus colegas da área de Geografia, que ora
montam uma vigorosa comemoração para o rei do baião no auditório da própria escola,
escolheu para trabalhar em sala com seus alunos, a belíssima valsa toada Légua
Tirana composta pelo homenageado e seu grande parceiro Humberto Teixeira.
Luiz Gonzaga lançou esta obra em 1949 em cuja letra cita a mãe dele e dois
primos nos seguintes versos: “Ai se eu tivesse asas, inda hoje eu via Ana”,
Ana Batista de Jesus, apelido Santana, mãe dele. Em “Trago um terço pra das Dores,
pra
Reimundo um violão”, Luiz Gonzaga se refere a dois primos, Maria das
Dores e Raimundo.
Légua
Tirana
Oh que estrada mais comprida
Oh que légua tão tirana
Ai se eu tivesse asas
Inda hoje eu via Ana
Quando o sol tostou as folhas
E bebeu o riachão
Fui inté o Juazeiro
Pra fazer minha oração
Tô voltando estrupiado
Mas alegre o coração
Padim Ciço ouviu minha prece
Fez chover no meu sertão
Varei mais de vinte serras
De alpercata e pé no chão
Mesmo assim como inda farta
Pra chegar no meu rincão
Oh que légua tão tirana
Ai se eu tivesse asas
Inda hoje eu via Ana
Quando o sol tostou as folhas
E bebeu o riachão
Fui inté o Juazeiro
Pra fazer minha oração
Tô voltando estrupiado
Mas alegre o coração
Padim Ciço ouviu minha prece
Fez chover no meu sertão
Varei mais de vinte serras
De alpercata e pé no chão
Mesmo assim como inda farta
Pra chegar no meu rincão
Trago um
terço pra das Dores
Pra Reimundo um violão
E pra ela, e pra ela
Trago eu e o coração
Pra Reimundo um violão
E pra ela, e pra ela
Trago eu e o coração
Autores:
Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
Resumo
biográfico de Luiz Gonzaga (1912 – 1989)
Luiz
Gonzaga do Nascimento nasceu no dia 13 de dezembro de 1912, na Fazenda Caiçara, povoado
do Araripe à 12km de Exu, filho de Januário José dos Santos e
Ana Batista de Jesus (Mãe Santana). Foi batizado na matriz de Exu no dia 05
de janeiro de 1913, cuja celebração batismal, foi realizada pelo Pe. José
Fernandes de Medeiros. Desde sua infância o pequeno Gonzaga namorava o fole de
oito baixos, instrumento este, executado por “Pai Januário” no qual começou
seus primeiros acordes.
“Luiz de Januário” como era conhecido na infância, aos 8 anos de idade
substitui um sanfoneiro que falhou no trato em festa tradicional no terreiro de
Miguelzinho na Fazenda Caiçara, no Araripe, Exu, a pedido de amigos do pai.
Naquela noite o pequeno Lula deleitava-se tocando e cantando a noite inteira, e
pensava na possibilidade de Dona Santana deixar ele tocar mais vezes. Luiz
Gonzaga tocava feliz porque era a primeira noite que tocava com a permissão de
“Mãe Santana”. Naquela noite ele recebeu pela primeira vez o cachê de 20$000
rés. Luiz Gonzaga recorda as palavras de Dona Santana que pareciam ter uma
esperança de tocar com sua permissão: “Luiz! Isso é gente pra tocar em
dança? (…) E se o sono der nele pru lá?” Luiz Gonzaga ia
crescendo, com sua simpatia e esperteza conseguiu agradar Sinhô Aires, passando
a ser o garoto de confiança do Cel. Sua primeira sanfona era de marca “veado” comprada
na loja de Seu Adolfo em Ouricori, Pernambuco, com a fiança do Cel. Manuel
Aires de Alencar, o Sinhô Aires, custando 120$000 rés.
Fonte:
http://fabiomota1977.wordpress.com/
Assista agora, a uma das mais belas
interpretações que já foram dadas a esta música, nas vozes de Dominguinhos e Alceu Valença.
Album: Dominguinhos e Convidados Cantam Luiz Gonzaga (volume 2).
Ano de 1999.
Ano de 1999.